TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO PREPARAM GREVE GERAL
Em todas as regiões do País, os trabalhadores e as trabalhadoras da Educação atenderam ao chamado da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) para participar da 20ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública e fizeram atos de preparação para a greve geral da educação no próximo dia 15 de maio em diversos estados.
Os atos e mobilizações realizados nesta quarta-feira (24) fazem parte da agenda da semana de mobilização, que encheu as ruas, praças, sindicatos e assembleias legislativas de trabalhadores e trabalhadoras da Educação que denunciaram os prejuízos que a reforma da Previdência vai provocar na categoria e os descasos com a educação pública por parte do governo de Jair Bolsonaro (PSL) e seus aliados. Eles também denunciaram retrocessos e perigos que inúmeras medidas que estão sendo tomadas em sentido contrário aos direitos assegurados na Constituição Federal representam para a educação no Brasil. Entre elas, a Lei da Mordaça, a privatização da escola e da universidade pública, a desvinculação de recursos para a educação, a militarização das escolas, a implantação de conteúdos mínimos e direcionados a uma formação escolar adestradora, além dos constantes ataques aos trabalhadores e trabalhadoras em educação, que afetam negativamente não apenas a valorização dos profissionais, mas a qualidade de todo o sistema educacional. “Diante de todo este cenário de descaso com a educação e de ataque à classe trabalhadora, com esta nefasta reforma da Previdência, o dia 15 de maio será fundamental para barrarmos estes retrocessos. Já temos vários apoios para esta greve e a mesma se configurará num marco de outras paralisações futuras. A luta só começou”, afirmou o secretário de Assuntos Educacionais da CNTE, Gilmar Soares Ferreira. No Rio de Janeiro, onde os trabalhadores e as trabalhadoras do Estado estão sem reajuste há cinco anos, 60 municípios se mobilizaram em defesa da educação democrática, laica, pública e de qualidade e contra reforma da Previdência. Duda falando com a população Em Jacarepaguá, onde não tem transporte público para a cidade e com uma população carente, inclusive de informação, o Sindicato dos Professores do Município (SinproRio) e o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do RJ (SEPE) foram para a rua na hora do almoço e fizeram um ato, conversaram com a população sobre o descaso com a educação, os impactos da reforma da Previdência, coletaram assinaturas para o abaixo-assinado contra o fim da aposentadoria e distribuíram panfletos e mais de 5.000 cartilhas da CUT e demais centrais sindicais sobre o tema. “Fomos bem recepcionados e sentimos a necessidade que a população e os trabalhadores têm em relação à falta de informação sobre a reforma e os descasos com a educação no país e no Estado. Prometemos voltar, mas também vamos para outros espaços para conscientizar e mobilizar o Estado para a greve geral da educação no dia 15 de maio”, contou a secretária de Comunicação da CUT Rio, Duda Quiroga, que também é educadora e dirigente do SinproRio.
Na parte da tarde, a categoria participou de uma assembleia realizada na Praça XV. Coleta de assinaturas em Jacarepaguá Veja como foram as mobilizações deste dia 24 em outros Estados: Em Pernambuco, teve um ato público contra a reforma da Previdência rumo à greve geral da educação na Estação Ferroviária Cabo e logo em seguida uma plenária na Câmara Municipal dos Vereadores para denunciar os ataques à educação no Estado. No Ceará, os trabalhadores e as trabalhadoras da educação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sindute) e do Sindicato dos Servidores Públicos lotados nas Secretarias de Educação e de Cultura do Estado do Ceará (Apeoc) mobilizaram suas bases para a greve geral da educação, visitando as escolas, fazendo assembleias nas regionais e definindo por local de trabalho paralisações para o dia 15. Em Sergipe, os trabalhadores e as trabalhadoras da educação fizeram uma caminhada com concentração na Praça da Bandeira loja virtual de roupas com paralisações nos locais de trabalho organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Sergipe (Sintese). O protesto é contra reforma da Previdência, pelo reajuste do piso e retomada da carreira do magistério. O ato também foi um esquenta para a greve geral da educação. No Mato Grosso do Sul, a Federação dos Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul (FETEMS), tem uma agenda de seminários para a 20ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, chamada pela CNTE, até o dia 03 de maio.
Nesta quarta, o #DigaNãoÀReformaDaPrevidência foi na Câmara Municipal, em Campo Grande. No Mato Grosso, mais de 50 municípios dos 141 mandaram notificação de paralisação para esta quarta para cobrar valorização salarial e uma mobilização contra a Reforma da Previdência. Organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep-MT), as aulas foram suspensas em 128 escolas do estado, que corresponde a 30% do total de 368 unidades. Paralisação no Mato Grosso Na Bahia, professores paralisaram suas atividades por 24 horas contra reforma da Previdência de Bolsonaro e promoveram uma palestra na Câmara Municipal organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB). Também teve aulão e paralisação dos Professores na Praça da Piedade. Integrando às atividades da Paralisação Nacional da Educação contra a Reforma da Previdência, em todo o interior da Bahia e capital os trabalhadores em Educação paralisaram suas atividades e promoveram atos de protesto e conscientização contra a Reforma da Previdência proposta pelo Governo de Bolsonaro.
No Piauí também teve paralisação estadual da educação contra reforma da Previdência e por valorização profissional. Em Alagoas, o Sinteal está realizando uma Jornada de Debates em diversas escolas da rede pública. Nesta manhã, dirigentes do sindicato foram recebidos na Escola Estadual Campos Teixeira, no bairro do Poço e os sindicalistas aproveitaram o momento para também abordar sobre como a reforma da Previdência atinge gravemente a vida de todos na escola. CUT ALAGOAS Em Tocantins, o município de Aparecida do Rio Negro decretou Estado de greve contra o descaso e a negligência com que o Prefeito Deusimar Pereira Amorim vem tratando a Educação. A categoria está há cinco anos recebendo reajustes abaixo do estipulado pelo Piso Salarial do Magistério. “Nesse momento, denunciar os ataques aos direitos previdenciários tem sido tarefa central em nossa luta. A 20° Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, rumo a greve geral da educação, no dia 15 de maio, requer organização e luta para o enfrentamento ao atual desmonte dos nossos direitos”, afirmou a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Tocantins, Cleide Diamantino, que também é professora municipal. Mobilizações em outras datas Alguns Estados organizaram a mobilização para outros dias. No Paraná, o APP Sindicato está convocando uma paralisação, que será conjunta com demais servidores estaduais na próxima segunda-feira (29, rumo a greve geral da educação.
Em São Paulo, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado fará uma assembleia com paralisação no dia 26 de abril.
Em Minas Gerais, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sindute) organizou a mobilização antes. No último domingo (21), em Ouro Preto, numa atividade que aconteceu paralelo à solenidade da entrega da Medalha da Inconfidência Mineira, os trabalhadores e as trabalhadoras da educação se mobilizaram contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro e contra as pautas de Zema, que retiram direitos da educação. Profissionais da educação de diversas regiões do Estado, como Central, Vale do Jequitinhonha, Norte, Centro-Oeste, Zona da Mata, Noroeste, Vale do Aço, entre outras, marcaram presença.
No Espírito Santo, o SINDIUPES organizou um Seminário sobre Reforma da Previdência em Vitória, na última terça-feira (23). Com o tema “trabalhar, trabalhar! Lutar, Lutar! Não há outro caminho para resistir à destruição da Previdência Social”, o seminário também teve como objetivo convocar para a mobilização em preparação à greve Nacional da Educação marcada para o dia 15 de maio.
Fonte: CUT
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