TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO ADEREM À GREVE GERAL DO DIA 14
Em defesa da educação pública e de qualidade, contra os cortes de
verbas, pela aposentadoria e por mais empregos, trabalhadoras e trabalhadores
da educação de todos estados e municípios do país aprovaram a adesão à Greve
Geral do dia 14 de junho. A categoria liderou dois importantes esquentas para
esta paralisação nos dias 15 e 30 de maio, quando o Brasil parou e foi às ruas
em defesa dos direitos dos trabalhadores e dos estudantes. “Vai parar tudo,
nenhuma escola pública deste país vai funcionar”, afirma o presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araujo,
ressaltando que os pais não precisam se preocupar. A categoria tem um
compromisso histórico de lutar por direitos sem prejudicar os alunos e em todas
as paralisações se preocupa com um planejamento especial de reposição de aulas,
explica o dirigente. “Tem escolas que já têm datas marcadas para essas
reposições e temos planos de ações para os alunos não perderem nenhum conteúdo.
Esse é o nosso compromisso”, afirmou o presidente da CNTE. Professores e
movimentos sociais unidos Todos os 4,5 milhões de trabalhadores e trabalhadoras
da educação pública devem parar dia 14 de junho, de acordo com Heleno. Segundo
ele, agora o esforço é para que a categoria se una aos movimentos sociais nos
atos públicos que serão realizados nas capitais, no interior e nas praças, de
acordo com a agenda de cada cidade. “Ocuparmos as ruas e gritarmos ‘não’ para a
reforma da Previdência de Bolsonaro é fundamental”, destacou o presidente da
CNTE, se referindo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 006/2019, do
governo de Jair Bolsonaro (PSL), que acaba com a aposentadoria de milhões de trabalhadores,
especialmente os mais pobres, as mulheres e as professoras e os professores. “A
gente está pedindo para que os trabalhadores e as trabalhadoras que não vão à
escola se reúnam com a comunidade escolar e expliquem os prejuízos causados
pelo corte dos recursos da educação e na aposentadoria”, disse Heleno. A
mobilização no Brasil No Rio de Janeiro, em assembleia organizada pelo
Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (Sinpro-Rio),
professoras e professores aprovaram, por unanimidade, a participação na Greve
Geral do dia 14 de junho. Segundo o Sindicato dos Professores das Redes
Públicas Estadual e Municipal do Paraná (APP-Sindicato), também em assembleia,
foi aprovada greve pra toda rede pública estadual do Estado. São 2.200 escolas,
120 mil trabalhadores em 399 municípios que vão cruzar os braços. No Mato
Grosso do Sul, nenhuma escola estadual ou municipal será aberta. Segundo a
Federação dos Trabalhadores em Educação do Estado (Fetems), mais de 25 mil
trabalhadores e trabalhadoras da educação cruzarão os braços no dia da Greve
Geral. Em Minas Gerais, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação
(SindUte) convocou sua base de 400 mil trabalhadores e trabalhadoras das redes
Estadual e Municipal de todo o Estado à cruzarem os braços no meuip
dia 14 de Junho. Segundo a coordenadora-geral de organização do SindUte, Denise
de Paula Romano, os trabalhadores e as trabalhadoras da educação mineira, nas
redes pública e privada e das federais já se levantaram contra reforma da
Previdência e a perspectiva é que, como nos dias 15 e 30 de maio, a categoria
organize atos regionais, nas grandes cidades e polos de Minas. Em Brasília, a
expectativa do Sinpro-DF é de que todas as escolas públicas não tenham aulas no
dia 14 de junho. No Piauí, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica
Pública do Piauí (Sinte-PI), se concentrará, a partir das 8h, no Palácio do
Karnak, no contexto da greve estadual da categoria, deliberada em Assembleia
realizada no último dia 23, pela valorização profissional e contra a reforma da
Previdência de Bolsonaro e a ADPF 573, ação do governo estadual que pode
golpear a aposentadoria de servidores do estado. No Ceará, segundo o Sindicato
dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Estado e Municípios
(APEOC), os trabalhadores e as trabalhadoras do ramo já aprovaram a
participação no dia 14 e a expectativa é que as escolas nem abram. Em
Fortaleza, segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sindute),
os 11 mil professores e professoras municipais já aprovaram a paralisação da
categoria na greve geral. O Sindute fez até uma musiquinha para o presidente,
chamada "xô Satanás", se referindo à proposta de Bolsonaro para
acabar com a aposentadoria de milhares de trabalhadores e trabalhadoras. Já em
São Paulo, a Apeoesp confirmou paralisação em todas as escolas do Estado e, às
16 horas, as professoras e os professores irão para a Avenida Paulista, onde se
concentrarão em frente ao Masp para a manifestação marcada pela CUT e demais
centrais e frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo com todas as categorias
profissionais e movimentos sociais contra reforma da Previdência, em defesa da
educação pública e de qualidade e por empregos. Trabalhadores e trabalhadoras
da rede privada e de federais também vão parar As trabalhadoras e os
trabalhadores da rede privada de ensino do Rio de Janeiro, de São Paulo,
Brasília, Pará, Minas Gerais, Alagoas, Pernambuco e Goiás, segundo a
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino (Contee),
já confirmaram que vão cruzar os braços no dia 14 de junho. Os docentes e
técnicos das Universidades e Institutos Federais do país, representados pela
Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições
de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Sindicato dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e Federação de Sindicatos de
Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de
Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), também foram chamados à aderir a
Greve Geral da classe trabalhadora. As assembleias e plenárias para decidir se
vão aderir ou não estão sendo realizadas pelo país, mas a expectativa é que
todo mundo não trabalhe no dia 14.
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