18º dia de greve: trabalhadores fazem manifestação no pátio da Seduc

Os trabalhadores em Educação Pública do Estado, em  greve desde o dia 15 de fevereiro, fizeram uma grande manifestação na manhã desta quinta-feira (3) no pátio da Secretaria Estadual de Educação do Piauí (Seduc), quando protestaram pelo fato do Governo se recusar a pagar o reajuste do magistério determinado através de Lei federal e quando cobraram um reajuste para os demais funcionários de escolas.

Na oportunidade a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sinte-PI), Odeni Silva, fez uma explanação sobre as últimas novidades no movimento grevista, como a decisão da Justiça de exigir que 70% dos trabalhadores em Educação voltassem ao trabalho.

Ela explicou que até a manhã de hoje a entidade não havia recebido a decisão do desembargador Paes Landim e que o movimento segue normalmente se chegar a cópia da decisão, a assessoria Jurídica do Sinte-PI já está orientada para recorrer.

Segundo Odeni, os próximos passos do movimento é a assembleia geral que será realizada na próxima segunda-feira (7) no Teatro de Arena, na Praça da Bandeira e uma audiência de conciliação marcada para o próximo dia 14 no Tribunal de Justiça com a presença das  partes envolvidas (governo e sindicato representando os trabalhadores), além do próprio TJ-PI, Ministério Público Estadual e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PI). Toda a categoria foi convocada a participar da negociação.

Os cerca de 30 oradores que falaram após a presidente do Sinte-PI criticaram o fato do Governo se recusar a pagar o que determina a lei e ainda entrar na Justiça pedindo a ilegalidade do movimento.  “Quem está sendo ilegal é o Governo ao não cumprir uma lei federal”, disseram alguns deles.

Algumas das lideranças também falaram sobre a omissão da secretária de Educação Rejane Dias, mulher do governador Wellington Dias, que até hoje não se manifestou e sequer participou das rodadas de negociações. “Rejane, sai do salão e vem para a negociação”, foi uma das palavras de ordem cantada pelos manifestantes.