Mais de 150 mil pessoas participam do Ocupa Brasília e pedem Fora Temer e Diretas




Apesar da violência policial contra os manifestantes que participaram do movimento Ocupa Brasília, nesta quarta-feira (24), o saldo da mobilização foi positivo, segundo a diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). De acordo com as centrais sindicais, mais de 150 mil pessoas de todo o país desceram a Esplanada dos Ministérios da capital federal contra o governo de Michel Temer.
Além da violência policial, houve participação das Forças Armadas em Brasília. Na tarde dessa quarta-feira, o presidente Michel Temer assinou decreto no Diário Oficial da União autorizando o uso das Forças Armadas no confronto entre manifestantes e policiais militares na Esplanada.
Para o presidente da CNTE, Heleno Araújo, essa foi mais uma atitude arbitrária e golpista de Temer. “Devemos repudiar de todas as formas esse uso da estrutura do Estado para defender bandidos, estrutura essa sustentada pelo próprio povo com o pagamento de impostos. Com isso, temos mais elementos para as próximas mobilizações, inclusive com a greve geral, com indicativo para a primeira semana do mês de junho. Apesar disso, o Ocupa Brasília foi um movimento muito positivo, com repercussão nacional e internacional, em um momento importante na defesa dos direitos dos trabalhadores”, argumentou Heleno.
Para a secretária geral da CNTE, Fátima Silva, esta quarta-feira foi um dia de sucesso. “A violência policial utilizada não estraga a vontade e a perseverança da luta dos trabalhadores, não só da educação como de toda a classe trabalhadora do Brasil. Nesse período pós-golpe, é a maior manifestação em Brasília, com mais de 150 mil trabalhadores. Nós estamos na luta e vamos continuar. Estamos rumo à greve geral agora para o mês de junho”, avaliou Fátima.
O secretário de Relações Internacionais da CNTE, Roberto Franklin de Leão, a CNTE organiza manifestações contra as políticas de Michel Temer desde que ele assumiu o governo. “E, a partir de hoje, o processo de mobilização é contínuo, e nós estamos na luta para fazer o enfrentamento que for necessário”, acrescentou.
Em um caminhão de som, diretores da CNTE e de suas entidades filiadas falaram seus gritos de guerra e justificaram sua posição contra o governo. Tanto a Confederação como outras entidades sindicais são contra as reformas trabalhista e da Previdência e a terceirização. Com isso, pedem a saída de Temer do governo e eleições diretas.
“Este é o nosso grande recado nesse 24 de maio: fora Temer. Não tem acordo. A classe trabalhadora não aceita a retirada de direitos. É a nossa marcha. Não aceitamos as reformas. Não aceitamos o golpe do golpe. Por isso, Diretas Já”, bradou o secretário de Assuntos Educacionais da CNTE, Gilmar Soares Ferreira.
“Abaixo a essa ditadura. Queremos essa corja na cadeia. Nós estamos nas ruas, pois queremos nossa democracia. Fora Temer”, disse a secretária de Combate ao Racismo da CNTE, Iêda Leal de Souza.
“Hoje, a classe trabalhadora mostra que o povo está unido contra esses golpistas. A nossa luta é para mostrar aos jovens e às crianças que o crime não compensa. Nós temos que dar um basta. Nós precisamos, com o nosso protagonismo, restabelecer a democracia”, explicou a secretária de Relações de Gênero da CNTE, Isis Tavares Neves.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CONFIRA OS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA INCLUSÃO DE NETOS NO IASPI

CONVOCAÇÃO DOS FILIADOS COM DOCUMENTAÇÃO PENDENTE JUNTO AO TRIBUNAL